Blonde, de Andrew Dominik, que explora a vida de Marilyn Monroe, tem uma estética diferente, alternando entre cor e preto e branco. Aqui está o porquê.
Aviso: Este post contém pequenos spoilers para Blonde
Loiro, escrito e dirigido por Andrew Dominik, muitas vezes alterna entre cor e preto e branco. O filme, estrelado por Ana de Armas como Norma Jeane/Marilyn Monroe, é baseado no romance de Joyce Carol Oates. O filme NC-17 da Netflix, que explora a vida interior de Marilyn Monroe, tem causado divisões entre críticos e espectadores. Com quase três horas de duração, Loiro não apenas muda na cor, mas também se interessa em diferentes proporções.
A partir de Loiras cenas de abertura, Dominik toma a decisão criativa de filmar certas cenas em cores e outras em preto e branco. Este último dá ao filme da Netflix uma sensação da velha escola, e a adição de cores se inclina para a era dos anos 1950, em que Loiro é definido principalmente. Mas por que Dominik escolheu incluir os dois em vez de se ater a uma paleta visual para Loiro?
Em entrevista com BFIDominik diz que as mudanças contínuas entre Loiras cenas coloridas e em preto e branco não têm “sentido de história” real. Em vez disso, o diretor estava simplesmente tentando conhecer a vida de Marilyn Monroe através do visual, o que foi ajudado pelas muitas imagens dela que foram lançadas durante e depois de sua vida. Parece ser uma escolha criativa feita para dar um impulso à estética visual do filme, para recriar certos momentos para que eles se destaquem mais. Embora o diretor sugira que não há razão para as mudanças constantes entre preto e branco e cor, a decisão em última análise se assemelha aos próprios filmes que Marilyn Monroe fez, que eram uma combinação de preto e branco e cor ao longo dos anos 1940 e 1950. Também é possível que a mudança na paleta visual do filme tenha sido usada para amplificar as batidas emocionais e dar uma fachada de fantasia.
Por que o loiro muda as proporções
Além de Loiro sendo em preto e branco e colorido, o drama de Marilyn Monroe também muda bastante as proporções. De acordo com Dominik, uma cena replicará uma imagem de quatro por três, enquanto outras emularão vários tamanhos diferentes. Tudo dependia do tipo de fotografia de Marilyn Monroe que Dominik estava adaptando para a tela. Tudo dito, Loiro tem quatro proporções de tela — 1:1, 1,37:1, 1,85:1, que é a mais usada em todo o filme, e 2,39:1. O filme, apesar de explorar a vida de Marilyn Monroe como Norma Jeane, depende fortemente dos visuais icônicos que se tornaram sinônimo da carreira da atriz.
Certas cenas são filmadas de forma a recriar fotos ou momentos da vida de Marilyn Monroe que permaneceram predominantes na cultura pop, como a imagem de seu vestido branco esvoaçante durante as filmagens de 1955 O Pecado Mora Ao Lado, que de Armas retrata em uma cena prolongada. Desde Loiro concentra-se tanto na iconografia da atriz que suas tentativas de desenterrar a interioridade de Marilyn Monroe através delas fazem sentido em termos de proporções em evolução. A variedade de proporções destina-se a dar aos espectadores a sensação de que estão assistindo a momentos da vida de Marilyn Monroe que estão para sempre congelados no tempo, assim como as fotos que foram tiradas dela. A combinação de Loiras proporções e visuais de cor para preto e branco criam uma sensação de mística para o público, pois o filme visa conhecer Marilyn Monroe além das imagens de sua vida.