O retrato de Al Pacino na série Paramount + A ofertasobre a confecção de O padrinhosaiu como muito diferente do que o público de Pacino conhece, mas é mais preciso do que eles imaginam. A oferta segue a jornada do produtor Albert S. Ruddy em obter o filme de Francis Ford Coppola The Padrinho feito, o que foi um esforço desafiador, para dizer o mínimo. Dentro A ofertaNo elenco de personagens, Miles Teller interpreta Ruddy, com Matthew Goode como Robert Evans, Juno Temple como Bettye McCart, Giovanni Ribisi como Joe Colombo, Dan Fogler como Coppola e Anthony Ippolito como o jovem Al Pacino.
Al Pacino era um ator relativamente desconhecido na época O padrinho estava sendo escalado, tendo apenas aparecido no filme de Jerry Schatzberg O Pânico em Needle Park em 1971 e estrelando principalmente em produções teatrais, pelas quais ganhou dois prêmios Tony antes de O padrinho. Coppola ficou impressionado com Pacino e o viu como a única opção para o papel de Michael Corleone, embora outros como Robert Redford, Jack Nicholson e Robert De Niro tenham tentado o papel. Após o sucesso de O padrinhoa carreira de Pacino decolou e sua personalidade de ator mudou drasticamente com papéis em filmes como Scarface, Dog Day Afternoon, Glengarry Glen Ross, Heat, e cheiro de mulher (pelo qual ganhou um Oscar). Pacino é frequentemente associado à energia barulhenta e à sua entrega barulhenta, mas nem sempre foi assim.
Dentro A oferta, Ippolito interpreta Pacino aos 30 anos, justamente quando iniciava sua carreira como ator de Hollywood, e não a presença intensa pela qual é conhecido hoje. O Pacino de Ippolito é tímido, quieto e afável, exalando baixa confiança em suas habilidades como ator, mesmo sendo perseguido por Coppola e Ruddy, que o veem como sua melhor opção para Michael. O ator interpreta Al Pacino com um tom passivo e nasal na voz, bastante semelhante ao verdadeiro Pacino da época. Pacino, de Ippolito, parece aberto a desempenhar o papel, mas não está convencido de que está certo para isso. Essa atitude traz um olhar interessante para um ator que ainda não havia explodido em Hollywood e não tinha nada a perder, o que criou um ar de apreensão ao assumir o papel de Michael Corleone.
Nos primeiros vídeos de audição para O padrinho, Pacino interpreta Michael Corleone de maneira bem diferente da maneira como ele aparece no filme final, mostrando que Coppola teve muito a ver com a formação do jovem ator no estóico Don-to-be. Nessas audições, Pacino sai da mesma forma que Ippolito o interpreta no dramatizado O padrinho show: tímido, reservado, nasalado e quase constrangido com a noção de atuar. Seu desempenho como Michael Corleone naquelas primeiras audições e ensaios foi lamentavelmente subdesenvolvido em comparação com o que Pacino acabaria trazendo para o papel na tela, que o achou muito mais confiante, intenso e silenciosamente ameaçador. Para o público que conhece Pacino pelos vários papéis que ele fez ao longo dos anos, a atuação de Ippolito pode parecer estranha, mas é bem como Pacino se portava naqueles primeiros dias.
Em uma antiga entrevista de 1973 falando sobre seu papel em uma produção teatral de Ricardo III (através da Youtube), Pacino ainda tem um pouco de nervosismo tímido, mas parece mais confiante e mais sério do que nas fitas de audição para O padrinho filme. Ainda assim, não é o Pacino que mais tarde agraciaria a tela com atuações enigmáticas e poderosas, como o pavio estava aceso, mas explodiria com filmes posteriores. Pacino disse no passado que o papel de Michael Corleone mudou tudo para ele, servindo como “o raio” que deu início à sua carreira. Fazendo referência a essas primeiras fitas de audição, Pacino disse que sua cabeça estava “em outro espaço” na época e que ele sentiu “fora de lugar” em seus primeiros filmes. “Foi uma fachada que me fez passar por essas audições. Porque grandes atores estavam fazendo testes para essa coisa.” Pacino disse em uma entrevista recente, continuando, “Por alguma razão, ele me queria e eu sabia disso. Você podia sentir isso. E não há nada assim, quando um diretor quer você. É a melhor coisa que um ator poderia ter, realmente.” (através da New York Times)
Pacino jogaria Michael Corleone novamente em ambos O Padrinho: Parte II e O Poderoso Chefão: Parte III, ambos dirigidos por Coppola. Seu desempenho na primeira sequência foi mais parecido com o do primeiro, mas Parte III teve uma atuação mais enérgica e emotiva, o que pode ter sido devido ao intervalo de 16 anos entre os filmes e bem após os eventos de A oferta. Pacino continuaria a desenvolver sua intensa personalidade de atuação muito depois de O padrinho série terminou, com inúmeras performances memoráveis, até suas recentes aparições em Ridley Scott’s Casa da Guccide Martin Scorsese O Irlandêse de Quentin Tarantino Era uma vez… em Hollywood. O ator será visto em Sniff, de Taylor Hackford, com Morgan Freeman, Helen Mirren e Danny DeVito.