The Conjuring Universe produziu um excelente cinema, e o Annabelle os spin-offs em particular encapsularam exatamente o que torna toda a franquia tão agradável quanto os filmes de terror e apresentaram um argumento convincente sobre o uso de CGI no gênero. Existem três filmes de Annabelle no Universo Conjuring até o momento; Annabelle (2014), Annabelle: Criação (2017), e Annabelle volta para casa (2019). Todos esses três filmes demonstram precisamente o que torna o bom cinema de terror tão respeitável hoje.
As décadas de 1970 e 1980 foram duas décadas que viram a era de ouro do horror ganhar vida. filmes como O massacre da Serra Elétrica do Texas (1974), dia das Bruxas (1978), sexta feira 13 (1980), e Um Pesadelo Na Rua Elm (1984) todos ajudaram a definir o que significava ser o horror mainstream. O que torna o cinema de terror moderno tão atraente, no entanto, é sua capacidade de reinventar técnicas já confiáveis para criar algo que o público possa apreciar, mantendo as coisas fundamentadas na realidade.
A boneca Annabelle nunca foi alterada com CGI
Nunca a boneca Annabelle em todos os seus filmes foi submetida a imagens geradas por computador para adulterar sua aparência, na esperança de torná-la mais assustadora do que já é. Ter feito isso seria sugerir que a boneca sozinha não seria suficiente para carregar o horror e, portanto, teria traído todo o propósito e impedido o Annabelle filmes derivados façam sentido. Ao contrário da boneca Chucky, por exemplo, cuja aparência foi ocasionalmente alterada por meio do uso de CGI, Annabelle, simplesmente como a boneca que é, chega a aterrorizar, pois é a imaginação que é alimentada pelo poder da sugestão.
Os diretores da Annabelle Films contavam com truques clássicos
Annabelle é assustadora porque é a sugestão sutil gerada pelas técnicas de filmagem de que ela é mais do que apenas uma boneca. Na tela, Annabelle, embora possuída por um espírito maligno, é apenas uma boneca e não ganha vida como Chucky. O CGI impediria Annabelle de ser a mera boneca possuída por demônios que ela é e a levaria ao reino do fantástico, que nunca foi o que esses filmes trataram.
Os diretores do Annabelle os filmes sabem que a imaginação é sempre mais poderosa para o público do que o que é apresentado diretamente a eles. Um dos primeiros aspectos de Annabelle que o público percebe é sua maquiagem, que é estranha, excessivamente exagerada e obscura, sugerindo que ela passou por muito caos antes de sua primeira aparição no filme. É o uso dessa maquiagem que a torna cada vez mais assustadora para o público. O segundo filme mostra o horror de Annabelle alimentando-se do uso de sombras e sons ao redor do orfanato em que ela está alojada, resultando em uma atmosfera e um clima seriamente assustadores.
Durante uma cena em Annabelle volta para casaa boneca é vista com luzes estroboscópicas coloridas piscando em seu rosto seguindo uma sequência aterrorizante, tornando-se um dos momentos mais assustadores de todo o Annabelle Series. Essas são técnicas de terror tradicionais e antiquadas, garantindo que Annabelle permaneça apenas uma boneca e preservando a própria essência dos filmes. Uma das principais razões Annabelle é uma icônica vilã do terror é que seus filmes contam com técnicas clássicas que retêm exatamente o que o cinema de terror deve ser: sugestão e imaginação.